A Poesia Que Sinto!

Gosto de brincar com as palavras...Para mim, é um jogo onde coloco tudo o que sinto!A conselho dos Amigos, decidi criar este Blog para dar a conhecer e partilhar o que escrevo.
Desejo a quem ler, bons momentos de poesia e que se divirtam tanto como eu me diverti a fazê-la!
Letinha

domingo, 6 de janeiro de 2008

A Vida que temos!






A Vida que temos!!!




Não sei se merecemos
Um País tão anormal
Onde a Vida é tão curta
Não gozando o principal

Trabalha-se a Vida inteira
Vivendo para comer...
Não se goza nada a Vida
É bem triste de se ver!

Faz lembra uma história
Passada milénios atrás
Contada por um filósofo
Quando ainda era rapaz

Diz a história que andava
Sócrates, o tal da Filosofia
Passeando calmamente
Numa tarde, um belo dia

De repente vê um jovem
E decide perguntar:
Meu Amigo, desta Vida
O que tens para gozar?

Ao que o jovem respondeu
Sem uma hesitação
"Ah Sócrates, queria eu
Gozar esta ocasião!

Como jovem tenho vontade
E não me falta o tempo
Só me falta o dinheiro
Para gozar a contento!

Segue Sócrates o seu caminho
E encontra, mais à frente
Um homem de meia-idade
Que parecia doente

O filósofo achou ali
Uma boa ocasião
Para saber a resposta
Aquela boa questão!

O bom homem ao ouvir
A pergunta formulada
Responde: Eu bem queria!
Mas não tenho tempo p'ra nada!

Há vontade de viver
A Vida de outra maneira
Algum dinheiro eu tenho
Dentro da minha algibeira
Só me falta é o Tempo
Para essa brincadeira!

Ao ouvir esta resposta
O filósofo continuou
O caminho que seguia
Mas, mais à frente, parou!

Um velho de muitos anos
Que sentado se encontrava
Era justo que soubesse
A resposta que faltava!

Chega Sócrates ao ancião
E pergunta com bons modos:
Meu Amigo, é você
Que goza a Vida a rodos?

Ao que o velho respondeu
Cheio de graça ao falar:
Gozar a Vida queria eu
Mas como é que a vou gozar?

Tenho tempo com fartura
E não me falta dinheiro
Falta apenas a Vontade
Para correr o Mundo inteiro

Que triste é esta Vida
Quando chega a tal idade!
A um faltava o dinheiro
A outro, o Tempo primeiro
E ao terceiro, a Vontade!

Letinha

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