Não são só as crianças que escrevem ao Pai Natal!
Este ano, também escrevi uma carta a esse velhinho de barbas brancas que nos costuma "realizar" os desejos...
Olá, Pai Natal!
Olá, Pai Natal
Como tens passado?
Nesta altura, é natural
Que andes atarefado!
Todo o Mundo de ti se lembra
Nesta altura de Natal
Pede dinheiro… pede prenda…
E ninguém se “porta mal”!
O combustível ficou caro
A nível mundial
Mas o preço já desceu…
P’ra metade, creio eu…
Menos em Portugal
E ninguém se “porta mal”!
A Saúde gasta a verba
Com o excesso “normal”
Apesar de ter fechado
Maternidades do Estado…
Isto só em Portugal…
E ninguém se “porta mal”!
O crime organizado
Já é uma coisa banal
E o polícia é avisado
Se agir… é condenado
A um Estabelecimento Penal!
E ninguém se “porta mal”!
E quanto à Educação
Assunto fundamental
Não há a preocupação
De saber quem tem razão
Na Contestação Nacional
E ninguém se “porta mal”!
Nas Finanças… que tristeza!
Obriga-se o pessoal
A tirar o pão da mesa
Para acudir à despesa
De quem nos “lixa”, afinal!
E ninguém se “porta mal”!
E com o pouco que fica
Da Economia Nacional
Vamos todos à Caparica
Com a barriga na “estica”
Num comboio fenomenal!
E ninguém se “porta mal”!
Desculpa-me o desabafo,
Meu querido Pai Natal
Mas será que ainda há prenda
P’ra esta gente, afinal?
E não faço o meu pedido
Que é muito pessoal
Pois se “eles” vão ter prenda…
Eu até me “portei mal”!
Letinha
17/12/2008