A Poesia Que Sinto!

Gosto de brincar com as palavras...Para mim, é um jogo onde coloco tudo o que sinto!A conselho dos Amigos, decidi criar este Blog para dar a conhecer e partilhar o que escrevo.
Desejo a quem ler, bons momentos de poesia e que se divirtam tanto como eu me diverti a fazê-la!
Letinha

sábado, 20 de dezembro de 2008

Natal 2008


Meus queridos leitores...

Depois de um "interregno" tão prolongado devido a um tal "trambulhão"... aqui vos deixo outro poema de Natal... em Portugal!




Natal 2008



Fim de Ano… Natal à porta
O Tempo corre… é normal!
Dizem que a Crise é de monta
São notícias do jornal!

Este ano começou
Como os outros, afinal…
Tudo o que preciso… aumentou
Com a Crise Mundial!

Aumentou o pão… a luz
A água… a alimentação
Aumentaram os combustíveis
E até a contestação!

Contestaram os enfermeiros
E os trabalhadores do Estado
Contestaram os transportes…
E o Governo… calado!

Contestaram industriais
Comerciantes, padeiros
Jornalistas e doutores
Professores e engenheiros

Não há um Ministério
Que não fosse contestado
Até a recolha de lixo
Nos deixou em lindo estado!

Mas o Governo, sereno
Não liga à Contestação
Goza com a Democracia
Crendo ter toda a razão!


Os estudantes contestam
De forma bem divertida
Querendo dar “omeletas”
À sua Ministra “querida”!


Os nossos professores
Campeões na contestação
Não pararam ainda a luta
Com a ministra da Educação

Além de um Estatuto
Que é uma aberração
Contestam também os Concursos
E o Sistema de Avaliação

Vamos terminar o Ano
Sem ter qualquer decisão
De nota, recebe zero!
Na minha avaliação!

É Natal! Tempo de Paz
De Carinho e Amor Eterno
Vamos todos dar as mãos
E correr, de vez, com o Governo!

Letinha
Natal 2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Carta ao Pai natal


Não são só as crianças que escrevem ao Pai Natal!

Este ano, também escrevi uma carta a esse velhinho de barbas brancas que nos costuma "realizar" os desejos...




Olá, Pai Natal!



Olá, Pai Natal
Como tens passado?
Nesta altura, é natural
Que andes atarefado!

Todo o Mundo de ti se lembra
Nesta altura de Natal
Pede dinheiro… pede prenda…
E ninguém se “porta mal”!

O combustível ficou caro
A nível mundial
Mas o preço já desceu…
P’ra metade, creio eu…
Menos em Portugal
E ninguém se “porta mal”!

A Saúde gasta a verba
Com o excesso “normal”
Apesar de ter fechado
Maternidades do Estado…
Isto só em Portugal…
E ninguém se “porta mal”!


O crime organizado
Já é uma coisa banal
E o polícia é avisado
Se agir… é condenado
A um Estabelecimento Penal!
E ninguém se “porta mal”!

E quanto à Educação
Assunto fundamental
Não há a preocupação
De saber quem tem razão
Na Contestação Nacional
E ninguém se “porta mal”!

Nas Finanças… que tristeza!
Obriga-se o pessoal
A tirar o pão da mesa
Para acudir à despesa
De quem nos “lixa”, afinal!
E ninguém se “porta mal”!


E com o pouco que fica
Da Economia Nacional
Vamos todos à Caparica
Com a barriga na “estica”
Num comboio fenomenal!
E ninguém se “porta mal”!

Desculpa-me o desabafo,
Meu querido Pai Natal
Mas será que ainda há prenda
P’ra esta gente, afinal?

E não faço o meu pedido
Que é muito pessoal
Pois se “eles” vão ter prenda…
Eu até me “portei mal”!


Letinha
17/12/2008

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Trambulhão!



TRAMBULHÃO!



Já com férias programadas
Para passar o Verão
Tropecei numas escadas…
Dei um grande trambulhão!

Não levava salto alto
Nem botas com tacão…
Mas mesmo sem algum salto
Dei um grande trambulhão!

E nesse tombo malvado
Deu cabo da minha mão
O osso foi fracturado
Quando dei o trambulhão!

Corre o marido aflito
E ao olhar a minha mão
Anda para trás… dá um grito…
Mas que grande trambulhão!

Comunica o acidente
Aos berros de aflição
Venham depressa… é urgente!
Ela deu um trambulhão!

Ao verem o meu estado
De dor e aflição
Disseram admirados…
Mas que grande trambulhão!

Em talas colocaram o braço
Pois eu não mexia a mão…
E com desembaraço
Me levantaram do chão…
Mas que grande trambulhão!

Para o médico me levaram
Que ao ver a situação
Decidiu que o meu caso
Precisava de operação!

Duas horas no Bloco
Para compor minha mão…
Depois… internamento!
Acabou o meu Verão!



Uns fixadores esquisitos
Carrego eu desde então
Dão incómodo… mas já não grito…
E não posso mexer a mão!


Agora é esperar…
O tempo de imobilização
São 6 semanas a contar
Para libertar a mão!

Que raiva! … Podem crer!
Me deu esta confusão!
Além do meu sofrer…
Não posso nada fazer…
Nem tive férias de Verão…

E quando me libertar
Do que prende a minha mão
Vou ter de consultar
O psicólogo hospitalar
Por causa da irritação…
MAS QUE GRANDE TRAMBULHÃO!

Letinha
28/08/2008

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Futebol... Português!



Futebol... português!




Modalidade engraçada
Para quem acha piada
A trabalhar com os pés
Corre, chuta, marca golo
E não é preciso "miolo"
No futebol português!

Por cá é a confusão
Nos Clubes do coração
Que gastam muito dinheiro
Na compra de jogadores
Que provem ser os melhores
No País e no estrangeiro...

E a nossa Selecção
Que entrou como um leão
No Europeu a jogar...
Ao 4º jogo... Acabou!
E para casa ""voou"
Com saudades do seu "lar"!

Terminou a ilusão
De Alegria e União
Deste povo milenar
E até o treinador
Procurou vida melhor
Noutro país... a treinar!

Letinha
9/07/2008

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Que se passa??



Que se passa?


É pergunta sem resposta

E já a fiz a muita gente

Que se passa em Portugal

Este país tão real

Que não caminha p'rá frente?


Tudo custa um dinheirão

Já nem a "tanga" sentimos

Emagrecemos a eito

Não comendo a preceito

E o "fio dental" já vestimos!


Com a subida do petróleo

Nos mercados internacionais

Sobe o peixe... sobe o pão

Sobe tudo na refeição

Não podemos comer mais...


E há revolta na praça

Há confrontos... confusão

O Governo não perde a graça

Dizendo, em ar de chalaça

Que a culpa... é da conjução!


Como a crise é geral

Até em países "graúdos"

Porque se espanta Portugal

Que da Europa é o final

E um dos países "miúdos"?


E com esta conformação

Cá vamos nós para o fundo...

Nem com a reclamação

Se muda a situação

De "entrarmos" no 3º Mundo!


Letinha

19/06/2008

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Santo António



Santo António


Era Fernando o seu nome

Quando o pai o baptizou

Teve fama e renome

Em Lisboa se criou


Em plena adolescência

Quis seguir por bom caminho

Ingressando em consciência

No Convento de Santo Agostinho


Dez anos depois estudava

No Mosteiro de Santa Cruz

Teologia doutorava

A oração praticava

Sempre dirigida a Jesus


Ouve, por acaso, um dia

Uns monges de vestes pobres

Encantou-o a simpatia

E a postura de nobres


E troca a Regra que habita

Por esta Ordem banal

Atraído pela desdita

Do pobre, que tratam tão mal!


Troca seu nome também

De tudo se quer libertar

António foi o escolhido

Para se passar a chamar...


Peregrino, estudioso

Teólogo já doutorado

Orador delicioso

Que deixa tudo encantado

Percorre o Mundo de então
Ao povo alivia a mágoa

Vindo morrer, sem tostão

Na linda cidade de Pádua.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Fadas!



Fadas!



Com várias cores e várias obrigações
Há as que guardam sentimentos
E as que em certos momentos
Nos alegram os corações...

Há a fada da Primavera
E de todas as Estações
Mostrando que todas elas
Trazem muitas emoções

Há também a da Alegria
E da Paz, sentido da Vida
Só gostava de saber
Onde anda escondida!

E se fosse a numerar
As fadas que gostaria
Muito tinha que rimar
E daqui não sairia....

Por isso faço um pedido
(Só um que é bem preciso!)
Que neste Mundo sofrido
O Homem tenha mais siso!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Aqui vai!



Aqui vai!


Hoje é dia do Santo
Que em Lisboa nasceu
Milagreiro do seu tempo
Portugal engrandeceu!

Mas hoje, ó meu Santinho!
Nem tu nos podes valer!
Pois, por causa dos "namoros"
É que nos estão a...cozer!

O Governo que nós temos
Tem a lábia de namorado
Que antes do casamento
Quer ser muito bem "tratado"

Depois de papel assinado...
"Agora aqui mando eu!
Vou ficar bem governado"
O povo é que se...cozeu!!!

Tanta promessa em campanha
Para nas "urnas" ganhar
Mas quem votou "nesses gajos"
É quem devia pagar!!!


E venho aqui desejar
A quem em Lisboa morar
Que aproveite este dia
P'ra curtir ou descansar!

St.º António, que no altar
É adorado p'lo povo
Não te peço namorado!
Peço-te um Governo novo!

Não sei de quem foi a culpa
Mas foi nossa, de certeza!
Ao escolher quem nos lixa
À grande e à portuguesa!

Ó meu rico St.º António
Se milagres queres fazer
Tenta mudar o rumo
Do que está a acontecer!

Não há dinheiro p'ra nada
Do que à Vida faz falta
Mas gasta-se o que não há
Só para animar a malta!

São bilhetes p'ró futebol
Que são caros p'ra chuchu!
Mas depois não há dinheiro
Nem para limpar o...traseiro!

São viagens à Alemanha!
Para ver o Mundial!
Gasta-se todo o dinheiro
E limpa-se o... ao jornal!

Vou-me por aqui ficar
Para não aborrecer!
Quem me ler e criticar
Que se vá por a... render!

E vou terminar as quadras
Com um jeito bem brejeiro!
Cá por mim troco o namoro
Pela Reforma com dinheiro!

Letinha
Junho 2006

sábado, 17 de maio de 2008

Sons!

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Sons!

Porque será que um som
Ouvido com emoção
Nos faz vibrar num tom
E estremece o coração...?

Com dolência nos sentimos
Num romântico bolero
Mas logo rodopiamos
Ao som de um tango salero
E que dizer da saudade
De um semba tão sentido...
Lembra a minha mocidade
Lembra um tempo bem vivido....

Ai...música!Sons da m'inha alma
Que me altera ou acalma
Conforme a sua toada
É da Vida
A emoção mais sentida
Quando me encontro "perdida"
No meio do "tudo e do nada"!

Letinha

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Não há admiração!



Não há admiração!



Que espanto, meus Amigos!
Que saudades se tem agora
De um tempo que é chamado
Do “tempo da outra senhora”!

Não se podia dizer
O que a alma sentia
Hoje está a acontecer
O que antes acontecia!

Tinha de se trabalhar
Sol a sol, dia a dia
Hoje não há trabalho
Para a grande maioria…

Não se podia comprar
Carros última geração
Hoje vive-se p’ra mostrar
Quem tem o melhor carrão!

Não se ganhava dinheiro
Com a fama adquirida
Hoje há muito maluco
A ganhar assim a vida!

O Ensino era no duro
Os exames praticados
Hoje já se passa tudo
Pois ficam “traumatizados”

Na Escola castigavam-se
Meninos mal-educados
Hoje só há castigo
Para quem é comportado!

O trabalho era a sério
E com responsabilidade
Mas encontrava-se emprego
Com muita facilidade!

Hoje é brincadeira
O trabalho executar
Mas não se encontra emprego
Para quem quer trabalhar

Os direitos adquiridos
Eram sempre respeitados
Talvez fossem bem poucos
Mas não eram retirados

Hoje voltamos para trás
Em termos laborais
Há direitos que se perdem
E não voltam nunca mais!

Os velhos não tinham reforma
Da esmola se morria
Mas hoje com a pensão
Não se viu a melhoria

A Justiça era injusta
E severo era o castigo
Hoje é mais demorada
E acaba-se premiado
Pelo crime cometido…

Será que é de espantar
De se querer, atrás, regressar???



sábado, 10 de maio de 2008

Ser Velho!



SER VELHO


A experiência da Vida
Não é nos livros que está
Adquire-se com a idade
Tenha sido boa ou má....
E a idade é um posto
Apesar de hoje em dia
Haver para aí tanta gente
Com uma vida vazia...


Temos é a pouca sorte
De viver neste cantinho
Pois para a nossa estrutura
O velho é coitadinho
Coitadinhos são aqueles
Que apesar de jovens ser
Aplicam tanta asneira
Que todos ficam a perder


Se Velho perde vigor
No físico que está cansado
Esquecem a sua mente
E põem a experiência de lado!
Os velhos têm o dom
De prever que muita asneira
Sendo tão disparatada
Mais parece brincadeira

Letinha

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Podemos ser diferentes!



Podemos ser diferentes


Não estou só
E há gente
Que me percebe
E que sente
Com a mesma
Sensação
Que trago
No coração

Podemos ser diferentes
No estar e no viver
Mas sabemos partilhar
O que temos a oferecer

Amizade
Compreensão
Carinho
E união
Humanidade
Ternura
Alegria
E loucura
Vida
Coração
Esperança
E emoção
Companhia
Segurança

Abraços
De criança
Sinceros
E sem maldade
Como é boa
A Amizade!

Letinha
9/12/2005

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Versos e Rimas



Versos e Rimas


Parece até brincadeira
Brincadeira divertida
Jogar com as palavras
E narrando a nossa Vida!

E rimando com graça
O tempo que já passou
O tempo... passou depressa!
A saudade... cá ficou!

Infância...Que fase querida
Onde o Amor dos Pais
Nos bastava nesta Vida!
Que pena não voltar mais!!

Adolescência... que tempo!
De asneiras e emoções
Onde um olhar maroto
Fazia bater corações!

A fase de adulto...passou!
Com trabalho e problemas!
Mas com muitas alegrias
Apesar de algumas penas!

E agora? Que fase é?
Não me sinto nada velha!
O coração bate forte
Mas o rosto já engelha!
O corpo dá o sinal
De que a idade avança!
Mas na minha cabecita
Ainda quero ser criança!

Já não jogo ao berlinde
Ao lenço ou à macaca!
Já não quero discutir
Nem andar metida em maka!
Mas ainda me divirto
Rio e canto a dançar
Quando estou com Amigos
A criança volta a brincar!

Letinha

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Resposta... em verso!

O meu poema "Revolução dos Cravos" deu origem a uma resposta... em verso!
Aqui a deixo...

Resposta em verso


Apesar de eu falar
No tempo de antigamente
Uma opinião sincera
Nunca ofende a aminha mente!

Mas Amiga... cada um
Fala da sua experiência
Desde que esteja correcto
Com a sua consciência

E falando do Passado
Do meu tempo de Liceu
A Esperança existia
Em muitos jovens como eu

Terminados os estudos
Tínhamos a garantia
De um trabalho efectivo
Numa qualquer Companhia

Não havia os tais recibos
Que agora são a contento
Quem cumpria a sua parte
Não tinha despedimento

E se por qualquer motivo
O emprego não servia
Procurava logo outro
Mesmo no próprio dia

Hoje os jovens maduros
Mesmo cumprindo a preceito
Quando acaba o contrato
Não sabem a que estão sugeittos

Agitar todas as mentes
Também me parece bem
Mas não é mudando tudo
Que se faz feliz ninguém

Mudou a Educação
P'ra melhor? Não parece
O respeito e a Instrução
Na Escola não acontece!

Mudou tudo na Saúde
Paga-se qualquer tratamento
Eu tinha Hospital de "borla"
Quando vivia "naquele tempo"!

Todos os bens são taxados
Com IVAs e coisas tais
Até o pão sofre aumentos
Não podemos comer demais

E com tantos impostos
Que nos cobram deste lado
Onde estão os benefícios
Que deviam vir do Estado?

São para os grandes Amigos
De quem está a Governar...
Sejam quem for p'rá Governo
O Povo é que se vai...lixar!

Ao menos, a quem se acusa
De ser grande Ditador
Não tinha nada de seu
Quando foi desta p'ra melhor!

Nem tinha propriedades
Nem coisas de grande valor
Se tinha pasta de ministro
Não tinha pasta de gestor!

Mas como disse a princípio
Desta conversa rimada
É a experiência que dita
Qual é a nossa "bancada"!

Letinha

domingo, 27 de abril de 2008

A Corrida


Corrida


A Vida passa depressa
Voa ágil como o vento
Não se consegue parar
Nem sequer por um momento...

E passamos a correr
Nosso tempo de viver
Com sensações nos tiram
A vontade de correr...

Corremos para a escola
Com idade de esperança
Corremos para o Liceu
Ao sairmos de criança!
Corremos para namoros
Que sofrimento nos dão
Corremos para o emprego
Que nos faz ganhar o pão!

Corremos todos os dias
Sem tempo p'ra descansar
Pensando por uns momentos
Se a corrida vai acabar!

Corremos aos filhos, aos netos
Corremos até cansar
Só parando de correr
Quando a saúde acabar!
E quando chegar a hora
Que vai trazer a idade.
Vamos correndo p'rá meta
Mesmo sem termos vontade!


Letinha

domingo, 20 de abril de 2008

Revolução dos Cravos



Revolução dos Cravos


Dizem
Que em tempo passado
O Povo deste País
Vivia em Opressão
Sentindo-se muito infeliz!

Pode ser!
Eu não duvido
Que houvesse descontentes
E foi fácil, divertido
Manipular nossas mentes!

Do que me lembro ainda
E olhem que tenho idade...
P'lo que vivi na altura
Estão a faltar à verdade!

Não estando na Europa
P'ró progresso se caminhava
E o Escudo, poderoso
Com outras moedas apostava!
Não se conhecia fartura
Podia-se comer regrado
Mas dizer que havia fome....
Meus Amigos, está errado!

Se foi para mudar...
Todo o bem para este Povo!
Mas hoje estamos pior
Que estávamos no Estado Novo!
Não há Trabalho, Saúde
Os produtos a aumentar
Mendigamos à Europa
Não sei como vai acabar...

Liberdade...Que beleza!!!
Ofendemos por ser livres
Julgamos com incertezas
Fazemos nós de juízes!
Sabemos bem e de cor
Os Direitos que nós temos
Os Deveres que nos obrigam
Facilmente esquecemos!

E vivemos sem projecto
De decência e condição
A fome, agora real
Espreita o Povo e a Nação!

Letinha

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Bolinha da Amizade!




Bolinha da Amizade


Olha que bola tão linda
Às mãos me veio parar
Apesar de vir tão cheia
Parece nada pesar

É que o que traz lá dentro
Nada pesa e sabe bem
Amor, Carinho, Amizade
E Fraternidade também!

É uma bola verdinha
Escusam mudar-lhe a cor
Pois é bola de Esperança
De União e Amor

Vem de longe e vai p'ra longe
Levando no seu interior
Lindos e bons sentimentos

E do coração, o Calor

E como tal, continua
E vou mandá-la também
Vai, minha bolinha linda
Dar alegria a Alguém!

Abraços

Letinha

sábado, 12 de abril de 2008

A Vida e a Matemática



A Vida e a Matemática


Se compararmos a Vida
Com as contas da Matemática
Reparamos que podemos
Utilizá-las na prática

Devemos adicionar
Os Amigos que criamos
E ao mesmo grupo juntar
Amigos de longos anos
Não interessam as parcelas
A ordem não é importante
O que importa realmente
É a soma resultante!

Os desgostos que sofremos
Devemos subtrair
Pois só assim poderemos
Continuar a existir
E se algum ainda restar
Depois da subtracção
Como resto, deve parar
No fundo de um caixotão!

O Amor....Ah, o Amor!
Deve ser multiplicado
Pois ele dá o Calor
Que nos faz sentir melhor
Por estar acompanhado!
E se pudermos elevá-lo
À sua máxima potência
O stress desaparece
E regressa a paciência...

E das contas conhecidas
Só falta a de dividir
Significando que temos
Muito para repartir
E quem reparte venturas
Em dobro vai receber
Vamos repartir a Ternura
E o Carinho por quem quiser!

Meus Amigos, a Matemática
É uma boa ciência....
Se a soubermos usar
Com prazer e consciência....

Letinha

terça-feira, 1 de abril de 2008

Confusão!

Este meu poema foi escrito em 2005, quando decidiram suspender o meu lugar de professora, em virtude da minha turma ter sido transferida para outra escola...não era por falta de alunos... os alunos existiam...só que transferiram a turma e a professora...ficou!




Confusão!!!



Não me parece que haja
Um país mais confuso
Onde a Ordem é invertida
E a Regra está em desuso

Será para estar na moda???
Pois por muito que falemos
Ser "invertido" dá direito
A regalias que não temos!

E também não está na moda
As Regras serem cumpridas
Quem cumpre regras "amola"
Com injustiças repetidas!

O contrato que assinei
No princípio de carreira
Deixou de ter valor
Mais parece brincadeira

O que nós acordámos
Não é para respeitar
Pois é conforme a vontade
De quem está a governar

Esta minha profissão
Que é meninos ensinar
Mostra que a Educação
É coisa para acabar

30 anos de serviço!
Efectivo, podem crer!
Suspendem-me o lugar
Querem que vá concorrer

Falta-me 2 anos apenas
Isto contando por alto
E no final de carreira
Querem que ande ao salto?

Não percebo esta gente!!!
30 anos de trabalho!!!
Dá vontade de mandar
Muita gente p'ró..."espantalho"!

Brincadeira tem hora!!!!
E nada de confusões!!!
Não brinquem com quem trabalha
Vão brincar com os ...."calções"!

Letinha
Dez. 2005

sábado, 29 de março de 2008

Que País!!!!!!!!!!!!!



Que País!!!


Ora vamos lá então
Comentar a situação
Que se vive em Portugal
Sem jeito p'ra criticar
Mas há muito p'ra falar
Do nosso estado actual

Começando no Orçamento
Que é neste momento
O tema do Português
Assim mal comparado
Parece que o Estado
Nos equipara ao chinês

Nos Impostos, nada desce
E a receita até cresce
De cobrança e valor
Já batemos a Europa
A sustentar essa tropa
Que vive como um Senhor

Na Saúde, que tristeza!
É brincadeira, com certeza
Até parece Carnaval!
Só podemos cá morrer
Pois até para nascer
Se foge de Portugal!

E a nossa juventude
Está viva e com saúde
Só não tem Educação
Não precisa de estudar
Para de ano passar
Se formando em aldrabão

Há muito p'ra comentar
E podem continuar
Não há que ficar calado!
Fico hoje por aqui
Mas está longe do fim
As críticas ao nosso Estado!

Letinha

sexta-feira, 28 de março de 2008

Café!



Um café!..
Quente e cheiroso
Para começar o dia
Bebido com prazer
Em tão boa companhia!

E começando o trabalho
De mais um dia de luta
O café nos dá a calma
Para enfrentar a labuta!

Café!
Bebida mágica
Bebido em qualquer lugar
De manhã nos dá coragem
De tarde nos dá bem-estar
E à noite?
À noite... aquece a alma
Dando-nos a Paz e a Calma
Para dormir e sonhar!

Letinha

quarta-feira, 12 de março de 2008

3º Mundo???


3º Mundo???

Este País piorou
Em atitude e condição
Agora já é um luxo
Uma necessária operação!

O Ministro da Saúde
Que não é gago a falar
Veio informar que há taxas
Para quem se quiser salvar!

Quem necessita tratamento
No serviço hospitalar
Seja cirurgia ou internamento
Tem que, por força, pagar!

Aqui vai a minha resposta
A um Ministro competente:
"Será a forma escolhida
Para matar legalmente?"

É que, Sr. Ministro,
Contrário ao que deve pensar
Ninguém vai ao hospital
Para umas férias gozar!

Se há listas de espera
Nos hospitais portugueses
Mostram que os pacientes
Esperam viver mais uns meses!

Além de que, está visto!
Essa mesma decisão
Não cabe a cada um
Mas ao médico de plantão!

E falam vocês da Europa!
Deviam ser coerentes!
Sacam ao povo os Impostos
Mas não podem ser doentes!

Pagamos tantos impostos
Como qualquer europeu
Mas se depois precisamos
Não tem dinheiro?...Morreu!

Não falo pelos Ministros
Directores, e outros tais
Que para ficar elegantes
Suas mulheres e amantes
Usam os nossos hospitais

Falo pelos reformados
Que não ganham p'ra comer
Falo por quem trabalha
E tem o mínimo p'ra viver
Falo pela maioria
Do povo deste país
Que, de tanto o cinto apertar
Se alimenta do ar
Que lhe entra p'lo nariz!

Seria mais Humano
E mais barato, talvez
Se a nossa medicina
Nos "tratasse", de uma vez
Com pílulas de estricnina!!!

Letinha

domingo, 9 de março de 2008

Macacada!



Macacada


Diz a Ciência, que o Homem
Do macaco é descendente
As provas que temos hoje
São por demais evidentes

Os nossos "primos" peludos
São animais sociais
Vivem na mata, em grupos
De avós, filhos e pais

Também eles têm regras
Não escritas, é bom de ver
Mas toda a cria de símio
Tem regras para aprender!

A sua "cara" é expressiva
E quem tomar atenção
Consegue compreender
A sua disposição

E a sua sociedade
Também é bem complicada
Há uma escala de "chefes"
Que deve ser respeitada!

Há o chefe bem sisudo
Há também o brincalhão
Há aquele descontente
Que só arma discussão
Todos querem ser o chefe
Para isso, que confusão!
Fazem guerras e disputas
Vão até à corrupção!

Meus amigos, na brincadeira
Pensem nesta sociedade
E chegamos à conclusão
Que, apesar de diferente
A nossa evolução
Do macaco é descendente!

Um abraço
Letinha
17/05/2005

quinta-feira, 6 de março de 2008

Músicas do meu Tempo!



Músicas do meu tempo!


Que saudades, meus amigos
Daquelas lindas melodias
Que ouvia no meu tempo
Sonhando com fantasias....

Ainda hoje me emociono
Ao ouvir certas canções
Que nos punham a dançar
E encantavam corações


Quantos namoros começaram
Na emoção de uma dança
No ritmo certo dos corpos
No coração...a Esperança!
Bee Gees, Shadows e Beatles
Que se ouviam com agrado
Nas festas do nosso tempo
Ao nosso par abraçado...

Roberto, Percy, Adamo
Eram, de todos, os tais
Que, quando acabava a dança
Nos faziam soltar ais!
Rafael, Elvis, Tom Jones
Otis Reding... que saudade!
Nomes do nosso tempo
E da nossa mocidade!

São ainda essas músicas
Que fazem os jovens sonhar
Apesar de muitos deles
Não terem sonhos p'ra dar....
Mas a verdade é que hoje
Estas músicas vão buscar
Adaptando o ritmo
E o modo de dançar.....

Que saudade das músicas do meu tempo!

Letinha

domingo, 2 de março de 2008

Basquetebol





O Basquetebol




Num campo bem cimentado
Cheio de riscos no chão
O centro está bem marcado
Em cada extremo, um "garrafão"!

Duas tabelas, dois cestos
Não há balizas no chão
Uma bola avermelhada
Rodopia de mão em mão...

Bate, dribla, lança ao ar
Não pode perder o controlo
Agora é só encestar...
Neste jogo, não há golo!

Três segundos bem contados
Já dentro do "garrafão"
Não se pode olhar p'ró lado!
Tem de se "acertar" a mão!

E dois pontos...bem marcados!
Mas não há pausas, no jogo
Há que defender o nosso lado
Pois o ataque vem logo!

Corre, salta, passa a bola
Dribla, saltitando no chão
Ataca, defende, enrola...
Marca bem o "garrafão"!

Jogo diferente, bonito
Que entra em frenesim
Que nos faz saltar, num grito
O Basquetebol é assim!




Letinha

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Meus Amigos






Meus Amigos Benfiquistas!



Na cidade de Lisboa
E por ser a capital
Nasceu um dia um Clube
De renome nacional...
Cresceu... escolheu cor..
(encarnado, por sinal)
Formou grandes equipas
Para glória de Portugal!!!

Apesar de adversário
Do meu Clube de Glória
Não deixa de merecer
Ficar conhecido na História...
Eu sei que no Europeu
Há alguns anos atrás
Deu "cartas"...ganhou Taças
Mostrou que era capaz!

Mas Amigos... ninguém me tira
Do Sporting, minha paixão!
Ser Leão é ter Valor
E Amor no Coração
E por muito que me digam
Que o Benfica é o maior
Para mim, o ser grande
Não quer dizer o Melhor!!!

Letinha

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Leis de...funil!



Leis de...funil!



Na vila da Sertã
Quatro escola funcionavam
Havia muitos professores
Pois alunos não faltavam

Fizeram Escola nova
Moderna, apetrechada
Com todas as condições
P'rá malta ser educada
Foi uma boa ideia
Pois tem de tudo, afinal
Ginásio... biblioteca...
E aquecimento central

Apenas se nota um "mas"...
Não há salas espaçosas
Que possam comportar
Turmas muito numerosas
E com a Escola acabada
Os alunos lá mudaram
Deixando os velhos edifícios
Que em pouco tempo fecharam

Eu era professora
Titular de um lugar
Mudaram os meus alunos
E esqueceram-se de me mudar!
Agora como a Escola
Onde pertenço, fechou
Ao fim deste tempo todo
Dizem que o lugar acabou!

Mas como? Pergunto eu...
Só se suspende um lugar
Quando o número de alunos
Assim o justificar!
Não foi por falta de alunos
Que a velha Escola fechou
Foi porque p'rá nova Escola
Toda a gente se mudou

Só o lugar de professor
Se esqueceram de mudar
E como a Escola encerrou
O lugar vai acabar
Este país está louco
E toda a gente pactua!
Os "sãos" estão internados
Os "loucos" andam na rua!

Letinha

6/01/2006

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A Escola


A Escola

É palavra bem sonora
Com 3 sílabas apenas
Sempre houve, felizmente
P'ra gente grande e pequena
É que Escola, meus amigos
Não é aquele edifício
Onde se mandam crianças
Às vezes, com sacrifício

A Escola funciona
Em qualquer sítio ou lugar
Desde que haja vontade
De aprender e educar
Há a Escola da Vida
Que se começa ao nascer
Quando se aprendem as regras
De viver e conviver

Aprende-se a ser Humano
(Onde está essa, afinal?)
Quando vemos hoje em dia
O Homem ser Animal?
Não aprende a ter Amor
Nem p'los filhos, nem p'los pais
Apenas pensa em dinheiro
Apenas pensa em ter mais

Essa Escola está perdida
Quando se dá mais valor
Ao dinheiro e ao poder
Que à Vida e ao Amor!

Outra Escola aparece
Onde pomos esperanças
E onde os filhos pequenos
Aprendem a ser crianças
Mas são tantos, afinal
Para tão pouca gente
Que o resultado final
Não é muito diferente!

Criança precisa mesmo
De quem lhe dê atenção
De quem lhe faça sentir
Que a ama de coração
Precisa de ser guardada
Para asneiras não fazer
Mas dar Amor, Amizade
É também para aprender!

Mais tarde vem a Escola
Onde vamos aprender
A ter regras de trabalho
A contar, ler e escrever
Mas essa também, amigos
Hoje pouco pode ensinar
Quando a gente pequenina
Se recusa a trabalhar...

Eles são inteligentes
E sabem manipular
E se dizem que não sabem
Ninguém os pode obrigar
Já chega terem de andar
Na Escola obrigados
Passar anos a estudar
P'ra ficar desempregados

Não vêem grande saída
Vivem em luta constante
Entre as notas e a vida
É a vida de estudante
Para estudar, perdem noites
E também para viver
Entre as noites mal dormidas
Preferem as do prazer

E depois, outro problema!
Que serão quando acabar?
Não há emprego, trabalho
Onde é que vão parar?
Passam a vida na Escola
Sem vontade de aprender
Muitos preferem sair
E um ofício exercer...

Para exercer um ofício
Precisam de se especializar
Mas faltam essas Escolas
Que ensinam a trabalhar
Com aulas práticas, concretas
Ver o efeito final
Como se fazia, em tempos
Na Escola Industrial

Em 5 anos apenas
Se faziam profissionais
Competentes, preparados
P'ró trabalho e muito mais
Hoje a Escola que temos
Poucas ofertas nos dá
Ou seguimos a Faculdade
Ou ficamos ao Deus dará!

Meus Amigos, há que pensar
Nesta Escola de hoje em dia
Os jovens não podem ficar
Sem Esperança e Alegria!!!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

A minha Profissão



A minha profissão!



Minha querida profissão
Que foi que te aconteceu?
Que desmotivas quem dá
O melhor que tem de seu!
Educar era trabalho
Respeitoso e Respeitado
Pois todo o Sr. Doutor
Precisa ser educado!

Quando p'rá Escola entrei
Levada pelos meus pais
Ser educada era Lei!
Respeitava-se os demais....
E ai de quem não cumprisse
As regras da Dignidade!
Pois era logo afastado
Por amigos e Sociedade!

Hoje as coisas mudaram
As regras foram trocadas
Pois agora são apoiadas
Crianças mal-educadas!
A preguiça já deixou
De ser defeito do estar
Passou a ser vista
Como doença a tratar!

E se o aluno se mostra
Nas aulas sem atenção
Mais uma doença aparece
"Falta de concentração"!
E que faz o professor
Nesta nova Educação?
Faz de tudo e deve ter
Muito pouca opinião!

Se quisermos saber
Que quer dizer: Professor
É aquela personagem
Que ensina com amor
Que ajuda a compreender
A matéria a estudar
E o Respeito merece
De quem está a ensinar!

Mas como pedir respeito
Às crianças com quem estamos
Se para o Ministério
De "criados" não passamos?
É que o nosso trabalho
Deixou de ser Ensinar
Passou a ter mais valor
Meninos monitorar

E o nome também mudou
Já nos chamam "Monitoras"
Alguém deve ter complexo
Com o nome de "Professoras"
E além de Monitoras,
Vamos acumulando
Muitas outras profissões
Que a Escola vai precisando!

Somos também Psicólogas
Amas e mães, muita vez!
Só voltando a Professoras
Quando chega ao fim do mês!
É que para receber
O ordenado respectivo
O trabalho excedente
É por todos esquecido!

Há coisas que magoam
Todos os Sr.s Doutores
Todos eles precisaram
Dos humildes Professores!

Letinha

6/01/2006

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Isto é...


Hoje é Dia de S. Valentim, patrono de quem está enamorado...

E é um bom dia para vos contar um episódio que aconteceu comigo, há cerca de 13 anos...



Isto é…Amor!



Venho contar…a brincar
Uma história bem real
Tanta graça ela teve
Merecia vir no jornal!

Um dia…há algum tempo
Vivendo noutra cidade
Ainda com os dentes todos
E bastante mocidade
Um belo de um abcesso
Daqueles que dá piedade
Se instalou na bochecha
Para minha infelicidade!

Aflito… o namorado
Quis me levar à Urgência
Mas teimosa como sou
Disse logo: Não vou!
E ele perde a paciência…

Cheio de pena de mim
Pois mal podia falar
Diz: “Fazemos assim…
Vou eu dizendo que tenho
Um incómodo tamanho
Que não dá p’ra aguentar!”

Dessa forma, concordei!
Na Urgência eu parei
E lá o vi entrar…
Fiquei à espera no carro
Fumando o meu cigarro
Pois estava a demorar…

Quando por fim aparece
A nádega vinha a esfregar…
Furioso por demais
Diz p’ra mim: “Nunca mais!
Podes, com isso, contar!”

O que tinha acontecido
Para vir tão refilão?
O médico ao observar
Disse que a boca ia inchar
E que o melhor…era a injecção!

E antes de passar receita
Para antibiótico tomar
Diz p’ra ele: “Baixe as calças!
Uma injecção vai apanhar!”

Coitado do meu querido!
Vinha fulo e combalido
Com a injecção que apanhou
Ele, que não tinha nada
É que apanhou a picada
E a sua nádega é que inchou!

E quanto mais fulo ficava
Mais eu ria, divertida
E tanta risada dava
Que, de bochecha estendida
O meu abcesso rebentava!

Apesar de não ter levado
O tratamento correcto
Ele ficou com a picada
Eu fiquei sem o abcesso!


Letinha

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A canja de meu pai...


A canja do meu pai


Lá no Bairro Popular
Numa certa manhã
Minha mãe ficou doente
Corada como romã...

"Tens febre!"...
Dizia o meu pai
"vai te deitar, descansada
Não te preocupes com nada!"
E minha mãe, que devia
Sentir-se mal e adoentada
Do meu pai o conselho seguia
Ficou uma semana deitada!

Era o Catolotolo
Que esquisita doença
Não mexia braços e pernas
E estava toda tensa!
Entretanto...Quem cozinhava
Lá em casa o pitéu?
Era meu pai, que tentava
Fazer o que nunca aprendeu!

Perguntou à minha mãe
Que comida ela queria
Respondeu ela: "Sabia bem,
Uma canjinha, bem ia!"
"Como fazes?" pergunta ele
Que na cozinha era um "ás"!
"Vais comprar uma galinha...
depenada e limpinha....
Vê lá se és capaz!"

"Claro!" disse meu pai
Que não disse não saber!
"Depois...numa panela
A galinha e as moelas
Com água, deixas cozer!
E não te esqueças, do sal
Senão fica a saber mal....

Quando já estiver cozida
Tiras, p'ra fora, a galinha
E na água já fervida
Pões as febras e massinhas!

Pronto!Receita dada!....
Vai o meu pai p'rá cozinha!
E eu, que era "tramada"
Via e ria sozinha!

No 1º dia..."Delícia!"...
Dizia minha mãe deitada
"Não te conhecia a perícia...
Tens a canja...aprovada!"
No 2º dia...
Canja rica...saborosa!
Minha mãe comia bem
A canja deliciosa!
3º dia...
Mais uma vez???
Mas a canja não termina?
Terás feito outra...talvez...
E posto na mesma terrina!"

"Ai tu não fazes assim?"
Perguntava meu pai convicto
"Tiro uma concha de canja
E deito, de água, um copito!"
E estava bem de ver...
Minha mãe se alimentara
Só de água a ferver...
Pois a canja... essa...Acabara....

Letinha

sábado, 9 de fevereiro de 2008

As minhas bonecas..I



As minhas bonecas 1




Chegou aquele Natal…
Tinha-me portado bem!
E sabia que tinha prendas
Do meu pai e minha mãe!

Logo bem de manhãzinha
Para os embrulhos…corri!
Que pouca sorte a minha!
Nada do que desejara…
E tão bem eu me portara!
Conseguia ver ali!

Minha mãe tinha-me dado
Um carrinho de bonecas!
Era de verga, aprumado
Tinha folhos em todo o lado
Tinha tules e muitas tretas!

Lençóis, colcha e almofada
Uma manta acolchoada
Tudo bordado a preceito
Deitado neste carrinho
Parecendo pássaro no ninho
Um bonequinho perfeito!

Tinha pijama e tudo!
O tal menino de truz!
Era loiro…cabeludo…
E a cobri-lo…um capuz!

Fiquei desiludida
Com aquela prenda achada
Mas como criança esperta
Não fiquei atrapalhada!
Pouco tempo depois…
O boneco desaparecia…
Sentei o rabo no carro
E no carro… eu corria!

A pega… era o volante!
Coloquei um pau às mudanças
A buzina era a boca…
Que mente têm as crianças!
Corria como um piloto
Daqueles profissionais…
E do desgraçado do boneco
Não quis saber…nunca mais!

Quanto ao tal de violino
Que o meu pai me comprou
Não mostrei muito jeito
Nunca, na vida, tocou!
Mas achei logo serviço
Era muito bom de ver!
Tinha a forma perfeita
P’ra, de espingarda, fazer!

As minhas bonecas...







As minhas bonecas...



Quando era pequenina
E seguindo a tradição
Os brinquedos que me davam
Eram do mesmo padrão.
Bonecas!
E mesmo de tenra idade
Pensava meio zangada
"Outra vez uma boneca?
Não quero isto p'ra nada!"

A 1ª que me deram...
Devia muito valer
De papelão era feita
Com roupa a condizer...
Era grande para mim...
Quase do meu tamanho...
Se parecia menina...
Também precisava de um banho!

E ....zás!
Dentro do tanque!
Da roupa, lá no quintal!
Passou a noite em barrela...
Imaginem o final!
Era só papelão!
Pela água...a boiar!
Eu...levei um "estaladão"!
E p'ra terminar a lição...
Uma semana sem brincar!

Em troca e em segredo...
Ao meu pai ia pedindo
Baixinho e quase a medo
Que a mãe estivesse ouvindo...
" O que eu queria...não tenho!
Quando me vais dar, afinal?...
Um cavalo do meu tamanho...
De tom branco e castanho
Que me faria "imortal"!

Diz o meu pai num sorriso
"Vamos ver...para o Natal!"
Prometendo ter juízo
Comportada e com siso
Para nada correr mal!
E sabem o que me esperava
Como prenda de Natal?
Um violino completo....
E outra boneca...afinal!!!!


Depois conto mais.....nem imaginam o que aconteceu à boneca e..ao violino!




Letinha

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O Baloiço



O Baloiço



Também morei em S. Paulo
Num Largo bem “afamado”
Ambaca tinha por nome
E tinha, um cinema, ao lado!

Tinha, na altura, nove anos
Tipo Maria-Rapaz
Nada me metia medo
De tudo eu era capaz!

E quando tocava a maka
P’rá maka me desunhava!
Então bater em rapazes…
Era o que eu mais gostava!

Não riam! É bem verdade!
Adorava andar em brigas
Mas apenas com rapazes
Não tinha graça com raparigas…

Mas voltemos à tal história…
Como me perco a falar!!!
Passou-se nessa vivenda
Quando andava a brincar!

No quintal dessa tal casa
Por baixo da mulembeira
Dois baloiços esperavam
A malta, p’rá brincadeira


Para mim, conforme o dia,
Era o Silver ou o Trovão
Os tais cavalos famosos
Dos meus “heróis” de então!

Nesse dia…Ai nesse dia!
O meu “cavalo” Trovão
Outro o tinha montado…
E… atirei o “cavaleiro” ao chão!

Foi uma luta renhida!
Pontapés e bofetadas
Socos, murros e lambadas
Nem me sentia ferida!

Quando, saindo de casa
Minha mãe me agarrou!
Eu gritava: “Deixa-me agora!
A guerra não acabou!”

Mas tinha chegado ao fim…
O tal menino abusado
Que meu “cavalo” montou…
A chorar que nem desalmado
Em casa se refugiou!

Desde esse dia em diante
O meu “cavalo” lá estava…
Sempre livre e disponível
Mesmo se não o “montava”….

Letinha

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Este Mundo está louco!...









Este Mundo está louco...






Eu tenho de concluir
Que este Mundo está louco
Quando a confusão se instala
E o Respeito é tão pouco...

As Leis estão sem valor
Não se cumprem, afinal
Que adianta existirem
Se não se liga um dedal?

A família não se respeita
Vai cada um p'ra seu lado
Os filhos vivem à toa
Este Mundo está marado!

E começa por aí
O Respeito à Sociedade
Os meninos fazem tudo
O que lhes dá na vontade!

Se podem fazer de tudo
Não há nada a respeitar
Pois p'los Direitos do Homem
Ninguém se vai castigar!

Quem abusa tem direito
De abusar impunemente
É que o ir para a prisão
Não é castigo! É presente!

Vão gastar nosso dinheiro
Que nos custa a ganhar
Essa gente também come
E não tem de trabalhar...

Há comida e aquecimento
Há bebidas e distracção
Apenas não estão na rua
Têm casa e protecção!

Coitados dos que cumprem
E tentam na Lei andar
São vítimas desses "loucos"
E têm de trabalhar...

Ninguém lhes dá o sustento
E vão ter de alimentar
Aqueles que por mal-fazer
Se deviam castigar!

Para esses, não há Direitos
Que os venham ajudar
O Direito é ser a vítima
Sem a Justiça esperar!

E chego à conclusão
Que este Mundo está louco!
Trabalhamos e pagamos
Para quem, de nós, faz pouco!

Letinha

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Que Máscara?




Que Máscara?



Que máscara irei usar
A condizer com a idade?
De todas as que já vi
Nenhuma é novidade!

Já pensei me mascarar
De ministra incompetente
Mas essa está muito usada
Por muitos, no tempo presente!

Depois pensei em vestir
A de rico, de vida boa
Também já está ocupada
Anda por aí à toa!

Outra em que já pensei
Foi de pessoa genial
Mas também já é usada
P'los "burros" de Portugal!

Mascarar-me de esperta
Seria uma boa opção
Mas os "Chicos" se mascaram
De espertos, pois então!

Se de velha me vestisse
Boa ideia não seria
Da Reforma no caixão
Ninguém me livraria...

Se me vestisse de jovem
Com apenas 13 anos
Era a melhor das idéias
Neste país de enganos...

Não é preciso estudar
Nem muito esforço fazer
Para de ano passar
E um diploma obter
Se me portasse mal
E Leis não fossem comigo...
Hoje um jovem marginal
Não tem de cumprir castigo!

Podia fazer de tudo
Desde roubar ao matar
Pois como menor que sou
Não me podem responsabilizar!

Já sei a máscara que escolho!
É esta, está bom de ver!
Dou uma sova ao Governo
E ninguém me pode prender!!!!

Letinha

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Mascarada!


Mascarada

Anda tudo mascarado
Neste nobre Portugal
O pobre parece rico
O burro, intelectual!


Ser pobre parece defeito
E por isso se mascara
Aparenta o que não é
Mas, de ser pobre, não pára


Compra tudo a prestações
Para se poder mostrar
O pior é que não pensa
Como vai poder pagar...


Não é desdita ser pobre
Desdita é ser simulado
É querer aparentar
Que está bem governado!

E que dizer dos "burricos"
Que se passeiam, contentes
Mostrando que sabem tudo
E que são inteligentes?

Vemos que neste País
O mérito deixou de ter
Recompensa pelo esforço
Que nos obriga a fazer

Se um aluno esforçado
Tem notas para passar
Aquele que nada faz
Também vai continuar


E em vez de premiar
Quem seu esforço mostrou
O prémio vai para quem
Nada fez, mas que passou!

É o país dos "burricos"
Onde quem estuda, destoa
E se sente marginal
Perante quem tem "vida boa"!

E neste país diferente
Que ao Mundo, mundos deu
Há muita gente "contente"
Com a "inversão" que se deu!

Anda tudo mascarado
Neste nobre Portugal....
Letinha
20/02/2006

domingo, 27 de janeiro de 2008

Repartir o Burro!



Carnaval


Aproxima-se uma época

De brincadeira geral

São 3 dias de folia

Que se chama Carnaval


Nesta vila da Sertã

Por quem governava o povo

Repartia-se todos os anos

Bocados de um burro novo


E para que a tradição

Não acabe em Portugal

Vou dividir eu o burro

Neste próximo Carnaval


O burro que vou repartir

Já é adulto e pesado

E por isso dá p'ra todos

Os que governam o Estado!


A "cabeça" da nação

É o nosso Presidente

A ele ofereço as orelhas

P'ra ouvir o que o povo sente!


E ao 1º Ministro

Que precisa de pensar

A cabeça deste burro

Acho que vou ofertar


Ao Ministro do Ambiente

Que cuida da Natureza

A parte que lhe cabe

É o focinho, com certeza!


Os olhos são p'rá Justiça

Que precisa de atenção!

Os criminosos estão soltos

E os polícias na prisão!


E p'rá Defesa, o que vai?

O pescoço, é bom de ver!

Para que possa chegar

Onde andamos a combater!


E para poder "enxotar"

Quem empresas quer "comer"

À Economia vou dar

A cauda, sempre a mexer!


Às Finanças, que presente!

É a pele dos .......

Para guardar os impostos

E não perder os tostões!


Para a nossa Assembleia

Que se "farta" de trabalhar

São as tripas, com muita .....

P'ra que possa continuar!


A Saúde está por baixo

Ao povo não dá a mão!

Por isso leva de prenda

Do burro, o coração!


A Segurança Social

Que se cansa de falar

A língua vou oferecer

Para o povo poder "lixar"


E para a Educação

Que tem tido tanto trabalho

Leva a melhor prenda do burro

Que é um grande... "espantalho"!


Ao Povo deste País

Que acham que posso dar?

O lombo, já bem pesado

P'ra continuar a carregar!!!!



Letinha

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Férias II

FÉRIAS II

Vamos agora comparar
Outras férias, estas sim!
São de tal qualidade
Também as quero p'ra mim

As férias são um direito
De quem governa o País
Seja Ministro, Doutor
Empresário ou Juiz

Mas estes bons portugueses
Não mandam p'rá oficina
Os carros em que viajam
Nem pagam a gasolina

Há quem para isso ganhe
Um ordenado melhor
E todo esse serviço
É feito e sem favor

E não pensem, meus amigos
Que estas pessoas diferentes
"Torram" em filas de espera
Sujeitas a ficarem doentes

Se têm férias marcadas
De avião têm de ir
Para Ilhas abençoadas
Onde se podem divertir

E se das Ilhas não gostam
Pois é só mar, afinal
Há imensos paraísos
Onde podem ler o jornal

Não precisam de levar
Da sua casa a "mobília"
Basta pegar na carteira
No cão, gato e família

Mas quando voltam, espanto
Dizem sempre estar cansados
Se isso é nestas férias
Que dirão os desgraçados?

E como cansados estão
Não apetece trabalhar
É que dá muito cansaço
Num cadeirão se sentar

E depois é o que se vê
Nos pontos de decisão
Estes bons portugueses
Com a cabeça na mão...

E muitos até "refilam"
Se a posição não agrada
E se alguém os acorda
Ainda leva estalada!

E são estas, meus amigos
As duas modalidades
De férias à portuguesa
De que se sentem saudades!

Sem maldade....

Letinha
25/08/2005

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Férias I


FÉRIAS

É palavra engraçada
E se pensarmos bem
O seu significado
É engraçado também

Anda um trabalhador
A juntar um ano inteiro
Para num mês, sem pudor
Ficar sem o seu dinheiro

"Vai de férias" - gaba-se ele
Mas paremos para pensar
Cansou-se mais nesse mês
Que no ano a trabalhar!

Antes de sair de casa
É um stress, afinal
Tem que levar quase tudo
Desde a cama ao enxoval

Parece que vai de mudança
P'ra outra casa habitar
E é só por um mês
Depois tem de voltar!

Leva o carro à oficina
Nada pode correr mal
Logo aí quase que deixa
Parte do que juntou, afinal

Depois carrega o carro
(mais parece um camião!)
Vai de tal forma atulhado
Que quase nem mexe a mão

Isto se for com a família...
Pois aí deve pensar
Nas discussões que vai ter
Com a mulher, p'ra variar!

O que ela leva ele acha
Que não faz falta, afinal
E o que ele quer levar
Ela também acha igual!

E ainda não saíram
Para as férias desejadas
Já estão fartos, cansados
De tantas trapalhadas!

Enfim, prontos p'ra partir
Já com destinos escolhidos
Vão fazer muitos quilómetros
Num carro bem encolhidos

Agora pelas estradas
Finalmente a rodar
Apanham filas enormes
Ficam horas a "torrar"

Quando ao local de férias
Finalmente vão chegar
Esta gente tem vontade
De p'ra casa regressar

Meus amigos, o que escrevi
Está um pouco exagerado
Mas se bem repararem
São as férias do desgraçado
Do "portuga" que não tem
Um "tacho" bem governado!

Letinha

25/08/2005

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Estamos mal...


Estamos mal....



Como anda o meu país
Que doente ele está
Até vacinas de gripe
Nas farmácias já não há!

As Finanças estão tão mal
Com as despesas não pode
E p'ra tentar equilibrar
Cobram IVA a quem.....!

As mulheres que, do "ataque"
Fazem o seu ganha-pão
Vão ter de pagar impostos
Pelo uso da profissão...

Eu gostava de saber
Como se vai controlar...
Será que passam a ter
Um taxímetro a contar?

Será à hora, ao minuto
Que o Estado vai cobrar?
Passa a ser ainda mais rápido
Ver português a gozar!

A quem de saúde padece
E tem cartão do Estado
Vai ter de descontar mais
Se quiser ser bem (mal) tratado!

E não se fiquem a rir
Pois está a ser pensado
A obrigação de máscara
Para o ar ser controlado!

Só falta isso, amigos...
Pagamos por respirar!
E deixa de haver algo
Que não se possa pagar!

Letinha

Outubro 2006

domingo, 13 de janeiro de 2008

O Gafanhoto!


O Gafanhoto


A pedido dos Amigos
Que me têm ofertado
Histórias interessantes
Do seu recente passado
Eu vou tentar escrever
Algumas das minhas, também
Em prosa, não sei dizer
Em poesia...sai bem!

Lá no Bairro da Caop
Na cidade de Luanda
Morei numa vivenda
Quando estava lá na Banda!
Era ainda kandengue
Mas lembro-me muito bem
Da casa e do quintal
Onde vivia, feliz
Com meu pai e minha mãe!

Também gostava de estar
Em cima do muro, sentada
Vendo as pessoas passar
E a todos cumprimentar
Com alegre gargalhada!

A minha vizinha do lado
Companhia me fazia
E ela tinha um "criado"
O "Finta", nome afamado
Que lá no quintal vivia

Tinha a arte de fugir
Sempre a Polícia fintando
Andava sempre a sorrir
Andava sempre cantando

Mas voltemos à tal história
Que aconteceu no quintal
Era uma tarde sem memória
Era uma tarde normal
Estava eu, como costume
Encarrapitada no muro
Sentindo-me uma rainha
No seu trono, bem seguro

Chega o "Finta", sorridente
E diz para mim, a sorrir...
"Minina, tenho um presente
P'ra ti dar...tu vais só rir!"
Chegou, de mão fechada
Junto ao muro do portão
E eu, entusiasmada
Estendi a minha mão
Para a "prenda" desejada!

Era um contraste gritante!
A mão de uma menina
Sob a mão de um gigante!
Ao abrir a sua mão
Senti, na minha, umas patas
Dei um pulo...caí no chão!
E fiquei a chorar...de gatas!

O malandro do moleque
Tinha apanhado, num arbusto
Um gafanhoto gigante
Que me deu um grande susto!
E o resultado final
(Não riam, que não tem graça!)
Foi ter de ir ao Hospital
Os joelhos...uma desgraça!
E os cotovelos...igual!

Foi doloroso o tratamento
(Pareço a Alguém a falar)
Se um penso “aluga” um queixo
Eu estava toda p'ra alugar!!!!!

Letinha

sábado, 12 de janeiro de 2008

Esperança Verde!

Leões e Leoas....


Esperança verde!
Verde leão!
Leão de alma
E de coração!
Leão sereno
Mas com atenção
Leão presente
Cheio de emoção
Leão que ruge
Leão que chora
Leão que sofre
Mas não vai embora!
Leão que fica
Leão que persiste
Leão que luta
E NUNCA DESISTE!!!!!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Ser Leão!

Ser Leão !



Não é leão quem o quer

É-se pelo nascimento

Pois o leão verdadeiro

Tem no peito sentimento


Ser leão é ter esperança

Num futuro bem risonho

É nunca desanimar

É perseguir o seu sonho


E não pensem que o leão

É orgulhoso....diferente

Apenas sabe estar

No meio de muita gente


E mesmo em dificuldades

O leão não perde a graça

Levanta-se, sacode a juba

E mostra sempre a sua raça


Traz o seu clube verde

Dentro do seu coração

E p'ra terminar aqui digo

COMO É BOM SER UM LEÃO!


Letinha
26/10/2005

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Ruas de Luanda


Ruas de Luanda

Ruas de Luanda
Onde passaram meus passos
Que saudades desse tempo
Daqui mando meus abraços

Cheguei, um dia, de barco
E quando a terra pisei
Foi no Largo Diogo Cão
Que a 1ª vez eu parei!
Parei para admirar
A beleza da Marginal
Lembro bem daquele mar
Tinha 5 anos, afinal!

Foi num Bairro, lá no Bungo
Que fiquei com os meus pais
Tudo era novidade!
E ansiava por mais.....
De lá para a CAOP
Num instante se mudou
Rua Bernardim Ribeiro
Que longe tudo ficou!!!!!

Depois mudámos de novo
Desta vez para o Ambaca
Era um Largo sossegado
(Quando não havia maka!)
É que nesse Largo havia
Uma casa esquisita
De dia, tudo fechado
À noite havia rebita!

Para o Bairro Popular
Nos mudámos certo dia
Rua da Gabela, a segunda
Onde estava a moradia...
E daí todos os dias
Saía para o Liceu
Num maximbombo esgotado
De estudantes como eu!

Marginal, Bungo, CAOP
Bairro Operário e Maianga
Terra Nova e Corimba
Samba, Prenda e Sambizanga
Cuca, Quinaxixe, Barrocas
S. Paulo, Marçal, Rangel
Boavista... Vila Alice
Vila Clotilde e Cassequel...

Bairros da "nossa" Luanda
Que recordo com saudade
Onde passei muitos anos
E a minha mocidade!

Letinha

Ano Novo!

Ano Novo

Ano Novo, Vida Nova
Diz o ditado popular
Mas não vejo nova vida
Que nos possa animar...

Como prenda de Ano Novo
Que o Governo nos quis dar
Vamos pagar muito mais
Para o pão podermos trincar
E não é só a "carcaça"
Que aumenta o valor
É também o combustível
Que dá energia e calor

E a electricidade
Que as fábricas faz mover
Leva também um aumento
P'ra não ficar a perder...
Os transportes, as portagens
O gás, a água e o pão
Tudo vai ser aumentado
Deixando o povo no "chão"

E os senhores que governam
Também vão ser aumentados
Quer nas despesas que fazem
Quer nos seus ordenados!
Só para quem todo o dia
Trabalha de sol a sol
O aumento que recebe
Não dá p'ra comer pão mole!

Se é esta a nova vida
Que o novo ano traz afinal
Vou ter que me inscrever
Para o cabaz de Natal!

Letinha

Luanda tem...


Luanda tem…


Luanda tem…
Tem o Sol que nos aquece
E que o coração estremece
Quando sente o seu calor
Tem ocaso de magia
Quando acaba mais um dia
De trabalho e de suor

Luanda tem…
Tem a Lua feiticeira
Que encanta à sua maneira
Nas vielas da Sanzala
Com um luar sempre etéreo
Que nos enche de mistério
Quando a noite nos embala

Luanda tem…
Tem estrelas encantadas
Que em noites bem fadadas
Brilham como diamantes
E nos fazem sentir então
A ternura e emoção
De encontro de amantes

Luanda tem…
Tem o mar… azul profundo
Grande tesouro do mundo
Onde Neptuno se encosta
E a sua Ilha tão bela
Mais parece uma aguarela
Que Deus guarda como amostra

Luanda tem…
Tem a Kianda brejeira
Que bem à sua maneira
Milongo nos põe na alma
Tem o som lindo do kissanje
Que mesmo ouvido de longe
Nos enleva e nos acalma

Luanda tem…
Tem Marginal deslumbrante
Com ondulado de serpente
E feitiço tão profundo
Que cativa e faz vibrar
A paixão que anda no ar
Por este lugar do mundo

Luanda tem…
Tem som quente de rebita
Tem a cor alegre da chita
Com que se faz o kimono
Tem a Saudade com ela
Que cintila como estrela
E me tem tirado o sono…

Luanda tem….

Letinha
2/05/2007

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O Silêncio!

Silêncio!


O silêncio é barulhento
Muita conversa ele tem
É no silêncio que escuto
Os sentimentos de alguém!
E se a conversa nos diz
O que vai no pensamento
O silêncio nos indica
Como está o sentimento...

Já os antigos diziam
Com muita sabedoria
O silêncio é de ouro
A conversa, alegria!
E falando o que sinto
Posso até aldrabar
Silenciando, não minto
Deixo meus olhos falar!



Letinha
Outubro 2006

Aumentos!

Aumentos!


Sim Senhor!
É de valente!
Os aumentos para o ano
São para brincar com a gente!

Quem trabalha e tem família
P'ra sustentar e criar
Leva aumentos de miséria
Não pode muito gastar
E além dessa "esmola"
Que recebe, p'ra se calar
Leva também com aumentos
Dos bens que vai precisar...

É a luz que, de noite,
Nossas casas alumia
É a água que precisamos
Para o nosso dia a dia
São os transporte que sobem
Não podemos viajar
É o pão que alimenta
E também vai aumentar...

Assim vive o Zé Povinho
Deste nosso Portugal
Mas o Governo, coitadinho
Tentando imitar o vizinho
Não pode viver tão mal!

Representa a Nação
Neste Mundo actual
E precisa de um dinheirão
P'ra mostrar na União
Como se vive em Portugal

E também mostra "pobreza"
Um "carocha" já passado
Por isso a "ministrada"
Anda muito bem instalada
Num Ferrari importado!

E para que esses gostos
Não sejam hipotecados
O Povo aperta o cinto,
Anda magro e faminto
Com cara de desgraçado!

Eu já sei que vou fazer
Com a verba esperada!
Encosto o meu "carocha"
Como só uma "sandocha"
E ao sol posto, estou deitada!

E mais me atrevo a fazer
Com o aumento que me dão
Vou pedir à C.E.E.
Subsídio para o Zé
Andar de burro, pois então!

Letinha