A Poesia Que Sinto!

Gosto de brincar com as palavras...Para mim, é um jogo onde coloco tudo o que sinto!A conselho dos Amigos, decidi criar este Blog para dar a conhecer e partilhar o que escrevo.
Desejo a quem ler, bons momentos de poesia e que se divirtam tanto como eu me diverti a fazê-la!
Letinha

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Meus Amigos






Meus Amigos Benfiquistas!



Na cidade de Lisboa
E por ser a capital
Nasceu um dia um Clube
De renome nacional...
Cresceu... escolheu cor..
(encarnado, por sinal)
Formou grandes equipas
Para glória de Portugal!!!

Apesar de adversário
Do meu Clube de Glória
Não deixa de merecer
Ficar conhecido na História...
Eu sei que no Europeu
Há alguns anos atrás
Deu "cartas"...ganhou Taças
Mostrou que era capaz!

Mas Amigos... ninguém me tira
Do Sporting, minha paixão!
Ser Leão é ter Valor
E Amor no Coração
E por muito que me digam
Que o Benfica é o maior
Para mim, o ser grande
Não quer dizer o Melhor!!!

Letinha

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Leis de...funil!



Leis de...funil!



Na vila da Sertã
Quatro escola funcionavam
Havia muitos professores
Pois alunos não faltavam

Fizeram Escola nova
Moderna, apetrechada
Com todas as condições
P'rá malta ser educada
Foi uma boa ideia
Pois tem de tudo, afinal
Ginásio... biblioteca...
E aquecimento central

Apenas se nota um "mas"...
Não há salas espaçosas
Que possam comportar
Turmas muito numerosas
E com a Escola acabada
Os alunos lá mudaram
Deixando os velhos edifícios
Que em pouco tempo fecharam

Eu era professora
Titular de um lugar
Mudaram os meus alunos
E esqueceram-se de me mudar!
Agora como a Escola
Onde pertenço, fechou
Ao fim deste tempo todo
Dizem que o lugar acabou!

Mas como? Pergunto eu...
Só se suspende um lugar
Quando o número de alunos
Assim o justificar!
Não foi por falta de alunos
Que a velha Escola fechou
Foi porque p'rá nova Escola
Toda a gente se mudou

Só o lugar de professor
Se esqueceram de mudar
E como a Escola encerrou
O lugar vai acabar
Este país está louco
E toda a gente pactua!
Os "sãos" estão internados
Os "loucos" andam na rua!

Letinha

6/01/2006

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A Escola


A Escola

É palavra bem sonora
Com 3 sílabas apenas
Sempre houve, felizmente
P'ra gente grande e pequena
É que Escola, meus amigos
Não é aquele edifício
Onde se mandam crianças
Às vezes, com sacrifício

A Escola funciona
Em qualquer sítio ou lugar
Desde que haja vontade
De aprender e educar
Há a Escola da Vida
Que se começa ao nascer
Quando se aprendem as regras
De viver e conviver

Aprende-se a ser Humano
(Onde está essa, afinal?)
Quando vemos hoje em dia
O Homem ser Animal?
Não aprende a ter Amor
Nem p'los filhos, nem p'los pais
Apenas pensa em dinheiro
Apenas pensa em ter mais

Essa Escola está perdida
Quando se dá mais valor
Ao dinheiro e ao poder
Que à Vida e ao Amor!

Outra Escola aparece
Onde pomos esperanças
E onde os filhos pequenos
Aprendem a ser crianças
Mas são tantos, afinal
Para tão pouca gente
Que o resultado final
Não é muito diferente!

Criança precisa mesmo
De quem lhe dê atenção
De quem lhe faça sentir
Que a ama de coração
Precisa de ser guardada
Para asneiras não fazer
Mas dar Amor, Amizade
É também para aprender!

Mais tarde vem a Escola
Onde vamos aprender
A ter regras de trabalho
A contar, ler e escrever
Mas essa também, amigos
Hoje pouco pode ensinar
Quando a gente pequenina
Se recusa a trabalhar...

Eles são inteligentes
E sabem manipular
E se dizem que não sabem
Ninguém os pode obrigar
Já chega terem de andar
Na Escola obrigados
Passar anos a estudar
P'ra ficar desempregados

Não vêem grande saída
Vivem em luta constante
Entre as notas e a vida
É a vida de estudante
Para estudar, perdem noites
E também para viver
Entre as noites mal dormidas
Preferem as do prazer

E depois, outro problema!
Que serão quando acabar?
Não há emprego, trabalho
Onde é que vão parar?
Passam a vida na Escola
Sem vontade de aprender
Muitos preferem sair
E um ofício exercer...

Para exercer um ofício
Precisam de se especializar
Mas faltam essas Escolas
Que ensinam a trabalhar
Com aulas práticas, concretas
Ver o efeito final
Como se fazia, em tempos
Na Escola Industrial

Em 5 anos apenas
Se faziam profissionais
Competentes, preparados
P'ró trabalho e muito mais
Hoje a Escola que temos
Poucas ofertas nos dá
Ou seguimos a Faculdade
Ou ficamos ao Deus dará!

Meus Amigos, há que pensar
Nesta Escola de hoje em dia
Os jovens não podem ficar
Sem Esperança e Alegria!!!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

A minha Profissão



A minha profissão!



Minha querida profissão
Que foi que te aconteceu?
Que desmotivas quem dá
O melhor que tem de seu!
Educar era trabalho
Respeitoso e Respeitado
Pois todo o Sr. Doutor
Precisa ser educado!

Quando p'rá Escola entrei
Levada pelos meus pais
Ser educada era Lei!
Respeitava-se os demais....
E ai de quem não cumprisse
As regras da Dignidade!
Pois era logo afastado
Por amigos e Sociedade!

Hoje as coisas mudaram
As regras foram trocadas
Pois agora são apoiadas
Crianças mal-educadas!
A preguiça já deixou
De ser defeito do estar
Passou a ser vista
Como doença a tratar!

E se o aluno se mostra
Nas aulas sem atenção
Mais uma doença aparece
"Falta de concentração"!
E que faz o professor
Nesta nova Educação?
Faz de tudo e deve ter
Muito pouca opinião!

Se quisermos saber
Que quer dizer: Professor
É aquela personagem
Que ensina com amor
Que ajuda a compreender
A matéria a estudar
E o Respeito merece
De quem está a ensinar!

Mas como pedir respeito
Às crianças com quem estamos
Se para o Ministério
De "criados" não passamos?
É que o nosso trabalho
Deixou de ser Ensinar
Passou a ter mais valor
Meninos monitorar

E o nome também mudou
Já nos chamam "Monitoras"
Alguém deve ter complexo
Com o nome de "Professoras"
E além de Monitoras,
Vamos acumulando
Muitas outras profissões
Que a Escola vai precisando!

Somos também Psicólogas
Amas e mães, muita vez!
Só voltando a Professoras
Quando chega ao fim do mês!
É que para receber
O ordenado respectivo
O trabalho excedente
É por todos esquecido!

Há coisas que magoam
Todos os Sr.s Doutores
Todos eles precisaram
Dos humildes Professores!

Letinha

6/01/2006

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Isto é...


Hoje é Dia de S. Valentim, patrono de quem está enamorado...

E é um bom dia para vos contar um episódio que aconteceu comigo, há cerca de 13 anos...



Isto é…Amor!



Venho contar…a brincar
Uma história bem real
Tanta graça ela teve
Merecia vir no jornal!

Um dia…há algum tempo
Vivendo noutra cidade
Ainda com os dentes todos
E bastante mocidade
Um belo de um abcesso
Daqueles que dá piedade
Se instalou na bochecha
Para minha infelicidade!

Aflito… o namorado
Quis me levar à Urgência
Mas teimosa como sou
Disse logo: Não vou!
E ele perde a paciência…

Cheio de pena de mim
Pois mal podia falar
Diz: “Fazemos assim…
Vou eu dizendo que tenho
Um incómodo tamanho
Que não dá p’ra aguentar!”

Dessa forma, concordei!
Na Urgência eu parei
E lá o vi entrar…
Fiquei à espera no carro
Fumando o meu cigarro
Pois estava a demorar…

Quando por fim aparece
A nádega vinha a esfregar…
Furioso por demais
Diz p’ra mim: “Nunca mais!
Podes, com isso, contar!”

O que tinha acontecido
Para vir tão refilão?
O médico ao observar
Disse que a boca ia inchar
E que o melhor…era a injecção!

E antes de passar receita
Para antibiótico tomar
Diz p’ra ele: “Baixe as calças!
Uma injecção vai apanhar!”

Coitado do meu querido!
Vinha fulo e combalido
Com a injecção que apanhou
Ele, que não tinha nada
É que apanhou a picada
E a sua nádega é que inchou!

E quanto mais fulo ficava
Mais eu ria, divertida
E tanta risada dava
Que, de bochecha estendida
O meu abcesso rebentava!

Apesar de não ter levado
O tratamento correcto
Ele ficou com a picada
Eu fiquei sem o abcesso!


Letinha

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A canja de meu pai...


A canja do meu pai


Lá no Bairro Popular
Numa certa manhã
Minha mãe ficou doente
Corada como romã...

"Tens febre!"...
Dizia o meu pai
"vai te deitar, descansada
Não te preocupes com nada!"
E minha mãe, que devia
Sentir-se mal e adoentada
Do meu pai o conselho seguia
Ficou uma semana deitada!

Era o Catolotolo
Que esquisita doença
Não mexia braços e pernas
E estava toda tensa!
Entretanto...Quem cozinhava
Lá em casa o pitéu?
Era meu pai, que tentava
Fazer o que nunca aprendeu!

Perguntou à minha mãe
Que comida ela queria
Respondeu ela: "Sabia bem,
Uma canjinha, bem ia!"
"Como fazes?" pergunta ele
Que na cozinha era um "ás"!
"Vais comprar uma galinha...
depenada e limpinha....
Vê lá se és capaz!"

"Claro!" disse meu pai
Que não disse não saber!
"Depois...numa panela
A galinha e as moelas
Com água, deixas cozer!
E não te esqueças, do sal
Senão fica a saber mal....

Quando já estiver cozida
Tiras, p'ra fora, a galinha
E na água já fervida
Pões as febras e massinhas!

Pronto!Receita dada!....
Vai o meu pai p'rá cozinha!
E eu, que era "tramada"
Via e ria sozinha!

No 1º dia..."Delícia!"...
Dizia minha mãe deitada
"Não te conhecia a perícia...
Tens a canja...aprovada!"
No 2º dia...
Canja rica...saborosa!
Minha mãe comia bem
A canja deliciosa!
3º dia...
Mais uma vez???
Mas a canja não termina?
Terás feito outra...talvez...
E posto na mesma terrina!"

"Ai tu não fazes assim?"
Perguntava meu pai convicto
"Tiro uma concha de canja
E deito, de água, um copito!"
E estava bem de ver...
Minha mãe se alimentara
Só de água a ferver...
Pois a canja... essa...Acabara....

Letinha

sábado, 9 de fevereiro de 2008

As minhas bonecas..I



As minhas bonecas 1




Chegou aquele Natal…
Tinha-me portado bem!
E sabia que tinha prendas
Do meu pai e minha mãe!

Logo bem de manhãzinha
Para os embrulhos…corri!
Que pouca sorte a minha!
Nada do que desejara…
E tão bem eu me portara!
Conseguia ver ali!

Minha mãe tinha-me dado
Um carrinho de bonecas!
Era de verga, aprumado
Tinha folhos em todo o lado
Tinha tules e muitas tretas!

Lençóis, colcha e almofada
Uma manta acolchoada
Tudo bordado a preceito
Deitado neste carrinho
Parecendo pássaro no ninho
Um bonequinho perfeito!

Tinha pijama e tudo!
O tal menino de truz!
Era loiro…cabeludo…
E a cobri-lo…um capuz!

Fiquei desiludida
Com aquela prenda achada
Mas como criança esperta
Não fiquei atrapalhada!
Pouco tempo depois…
O boneco desaparecia…
Sentei o rabo no carro
E no carro… eu corria!

A pega… era o volante!
Coloquei um pau às mudanças
A buzina era a boca…
Que mente têm as crianças!
Corria como um piloto
Daqueles profissionais…
E do desgraçado do boneco
Não quis saber…nunca mais!

Quanto ao tal de violino
Que o meu pai me comprou
Não mostrei muito jeito
Nunca, na vida, tocou!
Mas achei logo serviço
Era muito bom de ver!
Tinha a forma perfeita
P’ra, de espingarda, fazer!

As minhas bonecas...







As minhas bonecas...



Quando era pequenina
E seguindo a tradição
Os brinquedos que me davam
Eram do mesmo padrão.
Bonecas!
E mesmo de tenra idade
Pensava meio zangada
"Outra vez uma boneca?
Não quero isto p'ra nada!"

A 1ª que me deram...
Devia muito valer
De papelão era feita
Com roupa a condizer...
Era grande para mim...
Quase do meu tamanho...
Se parecia menina...
Também precisava de um banho!

E ....zás!
Dentro do tanque!
Da roupa, lá no quintal!
Passou a noite em barrela...
Imaginem o final!
Era só papelão!
Pela água...a boiar!
Eu...levei um "estaladão"!
E p'ra terminar a lição...
Uma semana sem brincar!

Em troca e em segredo...
Ao meu pai ia pedindo
Baixinho e quase a medo
Que a mãe estivesse ouvindo...
" O que eu queria...não tenho!
Quando me vais dar, afinal?...
Um cavalo do meu tamanho...
De tom branco e castanho
Que me faria "imortal"!

Diz o meu pai num sorriso
"Vamos ver...para o Natal!"
Prometendo ter juízo
Comportada e com siso
Para nada correr mal!
E sabem o que me esperava
Como prenda de Natal?
Um violino completo....
E outra boneca...afinal!!!!


Depois conto mais.....nem imaginam o que aconteceu à boneca e..ao violino!




Letinha

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O Baloiço



O Baloiço



Também morei em S. Paulo
Num Largo bem “afamado”
Ambaca tinha por nome
E tinha, um cinema, ao lado!

Tinha, na altura, nove anos
Tipo Maria-Rapaz
Nada me metia medo
De tudo eu era capaz!

E quando tocava a maka
P’rá maka me desunhava!
Então bater em rapazes…
Era o que eu mais gostava!

Não riam! É bem verdade!
Adorava andar em brigas
Mas apenas com rapazes
Não tinha graça com raparigas…

Mas voltemos à tal história…
Como me perco a falar!!!
Passou-se nessa vivenda
Quando andava a brincar!

No quintal dessa tal casa
Por baixo da mulembeira
Dois baloiços esperavam
A malta, p’rá brincadeira


Para mim, conforme o dia,
Era o Silver ou o Trovão
Os tais cavalos famosos
Dos meus “heróis” de então!

Nesse dia…Ai nesse dia!
O meu “cavalo” Trovão
Outro o tinha montado…
E… atirei o “cavaleiro” ao chão!

Foi uma luta renhida!
Pontapés e bofetadas
Socos, murros e lambadas
Nem me sentia ferida!

Quando, saindo de casa
Minha mãe me agarrou!
Eu gritava: “Deixa-me agora!
A guerra não acabou!”

Mas tinha chegado ao fim…
O tal menino abusado
Que meu “cavalo” montou…
A chorar que nem desalmado
Em casa se refugiou!

Desde esse dia em diante
O meu “cavalo” lá estava…
Sempre livre e disponível
Mesmo se não o “montava”….

Letinha

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Este Mundo está louco!...









Este Mundo está louco...






Eu tenho de concluir
Que este Mundo está louco
Quando a confusão se instala
E o Respeito é tão pouco...

As Leis estão sem valor
Não se cumprem, afinal
Que adianta existirem
Se não se liga um dedal?

A família não se respeita
Vai cada um p'ra seu lado
Os filhos vivem à toa
Este Mundo está marado!

E começa por aí
O Respeito à Sociedade
Os meninos fazem tudo
O que lhes dá na vontade!

Se podem fazer de tudo
Não há nada a respeitar
Pois p'los Direitos do Homem
Ninguém se vai castigar!

Quem abusa tem direito
De abusar impunemente
É que o ir para a prisão
Não é castigo! É presente!

Vão gastar nosso dinheiro
Que nos custa a ganhar
Essa gente também come
E não tem de trabalhar...

Há comida e aquecimento
Há bebidas e distracção
Apenas não estão na rua
Têm casa e protecção!

Coitados dos que cumprem
E tentam na Lei andar
São vítimas desses "loucos"
E têm de trabalhar...

Ninguém lhes dá o sustento
E vão ter de alimentar
Aqueles que por mal-fazer
Se deviam castigar!

Para esses, não há Direitos
Que os venham ajudar
O Direito é ser a vítima
Sem a Justiça esperar!

E chego à conclusão
Que este Mundo está louco!
Trabalhamos e pagamos
Para quem, de nós, faz pouco!

Letinha

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Que Máscara?




Que Máscara?



Que máscara irei usar
A condizer com a idade?
De todas as que já vi
Nenhuma é novidade!

Já pensei me mascarar
De ministra incompetente
Mas essa está muito usada
Por muitos, no tempo presente!

Depois pensei em vestir
A de rico, de vida boa
Também já está ocupada
Anda por aí à toa!

Outra em que já pensei
Foi de pessoa genial
Mas também já é usada
P'los "burros" de Portugal!

Mascarar-me de esperta
Seria uma boa opção
Mas os "Chicos" se mascaram
De espertos, pois então!

Se de velha me vestisse
Boa ideia não seria
Da Reforma no caixão
Ninguém me livraria...

Se me vestisse de jovem
Com apenas 13 anos
Era a melhor das idéias
Neste país de enganos...

Não é preciso estudar
Nem muito esforço fazer
Para de ano passar
E um diploma obter
Se me portasse mal
E Leis não fossem comigo...
Hoje um jovem marginal
Não tem de cumprir castigo!

Podia fazer de tudo
Desde roubar ao matar
Pois como menor que sou
Não me podem responsabilizar!

Já sei a máscara que escolho!
É esta, está bom de ver!
Dou uma sova ao Governo
E ninguém me pode prender!!!!

Letinha